A eficiência e a vida útil de um sistema de transporte industrial dependem não apenas da esteira ou corrente utilizada, mas também de uma estrutura de apoio adequada — e é aí que entram os guias de desgaste e as práticas corretas de lubrificação. Eles garantem o alinhamento, reduzem o atrito, absorvem impactos e prolongam o desempenho do conjunto, especialmente em aplicações contínuas e exigentes.

Função dos Guias de Desgaste
Os guias de desgaste são elementos essenciais que atuam como interface entre a estrutura do transportador e a esteira ou corrente em movimento. São projetados para oferecer:

• Baixo atrito, reduzindo o esforço necessário para movimentação da esteira;
• Proteção contra desgaste, tanto para a esteira quanto para a estrutura metálica do transportador;
• Estabilidade direcional, mantendo o alinhamento lateral da esteira ou corrente;
• Absorção de impacto em pontos de carga e transferência de produto.

A seleção correta do tipo, geometria e material do guia depende da aplicação. Guias retos, com ou sem contenção lateral, curvos, duplos ou com perfis específicos estão disponíveis para diferentes necessidades. A Bellt Correntes oferece uma ampla gama de guias em Polietileno UHMW (Ultra High Molecular Weight), com ou sem aditivos de lubrificação e proteção UV.

Desgaste Natural e Manutenção Preventiva
Com o tempo, é normal que os guias apresentem desgaste superficial. Isso não indica falha no sistema, mas sim que os componentes estão cumprindo sua função de proteger partes mais caras do transportador. A substituição periódica dos guias deve ser incluída no plano de manutenção, respeitando os limites de desgaste recomendados — geralmente 30 a 50% da espessura original.

Além disso, o desgaste irregular pode indicar problemas como desalinhamento, carga excessiva ou falta de lubrificação. Monitorar esses sinais permite agir preventivamente, evitando paradas inesperadas.

Lubrificação: Quando é Necessária?
Diferente do que muitos imaginam, nem todo sistema transportador exige lubrificação. Em muitos casos, especialmente com esteiras de material plástico e guias de UHMW, a lubrificação pode ser dispensada.

Contudo, há situações em que a lubrificação se torna recomendada ou necessária:

• Altas velocidades ou cargas elevadas;
• Ambientes secos e abrasivos, que aumentam o atrito;
• Redução de ruído em ambientes sensíveis;
• Transferências complexas, que exigem menor resistência ao deslizamento.

A lubrificação pode ser feita com água, água com detergente, ou soluções específicas aprovadas para uso alimentar (food grade). A Bellt recomenda sempre utilizar lubrificantes compatíveis com os materiais do sistema e com as normas de segurança da aplicação. Tipos de Lubrificação:

• Lubrificação contínua (automática): Ideal para linhas de envase, sistemas em regime contínuo e com pouco tempo para manutenção.
• Lubrificação intermitente (manual): Pode ser suficiente em aplicações leves ou com operação descontínua.
• Lubrificação seca: Lubrificantes sólidos ou auto-lubrificantes incorporados ao material (ex.: POM-AP).

Conclusão: 

Guias de desgaste e lubrificação são fatores determinantes na performance e longevidade dos transportadores. A correta seleção e manutenção desses elementos é um investimento direto na eficiência operacional da linha.

A equipe técnica da Bellt Correntes está preparada para orientar seus clientes na escolha dos guias mais adequados e nas melhores práticas de lubrificação para cada aplicação.